Nem Lei, Nem Roque!

Apesar de vulgarmente dizermos que "por cá não se passa nada", o que é certo é que os nossos telejornais, dos canais abertos, em termos médios, e comparativamente com outros países congéneres europeus, são aqueles cuja duração é maior.

É bem sabido que este valor não implica, de maneira nenhuma, que possamos até ser considerados um país onde acontece de tudo um pouco nem, necessariamente, que possamos considerar-nos um país na berra. Antes fosse, mas não, de todo.

Parece-me, isso sim, uma total falta de respeito, que se utilize um telejornal de horário nobre para publicitar programas subsequentes. Sejam eles telenovelas, enlatados festivaleiros de uso comum ou programas de debate sensacionalistas. E especialmente estes!

Os canais de televisão já deviam saber que se querem ganhar audiências, não devem partir do princípio que somos burros a olhar para um palácio. É que até podemos ser burros, e muito, mas somos uns burros com capacidade de decisão e de ver apenas aquilo que mais nos interessa. Ou seja, é importante termos um espaço para poder escolher. Seja lendo a programação na TV Guia, ou até mesmo através de publicidade do canal, mas daquela servida nos intervalos, nunca, por nunca, apresentar isso como se de uma notícia se tratasse.

Mais uma prova do descontrolo a que a televisão chegou. Não há ética. É o salve-se quem puder!